quarta-feira, 3 de julho de 2013

12 Princípios da Química Verde


           Atualmente a questão da sustentabilidade está sendo mais enfatizada por causa das poluições. Quem nunca viu um rio ou riacho poluído? Ou ainda não ouviu falar dos buracos da camada de ozônio? , todos os tipos de poluição envolvem processos químicos e por isso a Química Verde é tão importante. Mas primeiro vamos entender o conceito de desenvolvimento sustentável (ou sustentabilidade):

          “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades.”

            A Química Verde surgiu a partir do Pollution Prevention Act dos Estados Unidos, em 1990, e tornou-se um foco formal do EPA (Agência de Proteção Ambiental) norte-americana em 1991. Paul Anastas e John Warner definiram Química Verde como o projeto de produtos químicos e processos que reduzem ou eliminam o uso e a geração de substâncias perigosas. Além disso, a Química Verde busca:


  •    Reduzir resíduos (especialmente resíduos tóxicos)
  •   Reduzir o consumo de recursos e usar fontes renováveis de maneira ideal
  • Reduzir o consumo de energia

           Anastas e Warner também formularam os 12 princípios da Química Verde. Através destes, os químicos podem avaliar o impacto ambiental de seus trabalhos.

Os 12 princípios da Química Verde

1.      É melhor prevenir a formação de resíduo do que tratar ou remediar depois que ele for produzido.
2.      Devem ser planejados métodos sintéticos para maximizar a incorporação de todo o material usado no processo até o produto final.
3.      Sempre que for possível, devem ser propostas metodologias sintéticas para usar e gerar substâncias que possuam poucas ou nenhuma toxicidade para a saúde dos seres humanos e do ambiente.
4.      Os produtos químicos devem ser projetados para preservar a eficiência de sua função e, ao mesmo tempo, reduzir a toxicidade.
5.      O uso de substâncias auxiliares (solventes, agentes de separação, etc.) deve ser evitado sempre que possível e, se for utilizado, que seja inofensivo.
6.      As necessidades energéticas devem ser identificadas em relação aos seus impactos econômicos e ambientais, e devem ser minimizadas. Métodos sintéticos devem ser realizados à temperatura e pressão ambientes.
7.      A matéria-prima deve ser renovável, em vez de esgotada, toda vez que seja técnica e economicamente praticável.
8.      Derivatizações desnecessárias (grupos de bloqueio, proteção/desproteção, modificações temporárias de processos físicos/químicos) devem ser evitadas sempre que possível.
9.      Reagentes catalisadores (o mais seletivo possível) são melhores que os reagentes usados de forma estequiométrica.
10.  Os produtos químicos devem ser planejados de forma que, no final da sua função, eles não persistam no ambiente e que se decomponham em produtos de degradação inócuos.
11.  Metodologias analíticas precisam ser desenvolvidas para permitir o monitoramento e o controle em tempo real no processo, antes da formação de substâncias perigosas.
12.  Substâncias e a forma de uma substância usada em um processo químico devem ser escolhidas para minimizar o potencial de acidentes químicos, incluindo vazamentos, explosões e incêndios.


          Para reconhecer exemplos de destaques da Química Verde, o prêmio Presidential Green Chemistry Challenge foi estabelecido em 1996 pelo EPA. Geralmente, cinco prêmios são oferecidos a cada ano em uma cerimônia apoiada pela National Academy of Sciences em Washington, DC.
          
          Como vimos a Química Verde é muito importante e se você quiser saber mais sobre ela, vou deixar alguns sites super legais para vocês:

1.      EPA “Green Chemistry”: http://www.epa.gov/greenchemistry/index.html
2.      Ecological Footprint: http://www.myfootprint.org/
3.      WWVerde: http://wp.ufpel.edu.br/wwverde/
4.      Química sustentável: http://www.braskem.com.br/site.aspx/Quimica-Sustentavel

Material tirado do livro: Química Ambiental de Colin Baird e Michael Cann, com tradução de Marco Tadeu Grassi.

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