Combustíveis alternativos
Na
década de 70, quando a crise do petróleo batia às portas do mercado
internacional, a EMBRATEL, então estatal, preocupava-se em obter um
combustível alternativo ao óleo diesel, para alimentar os
grupos-geradores que forneciam energia principalmente às suas estações
repetidoras de sinais (micro-ondas e tropo difusão) por este país
imenso. Pesquisas, desenvolvimento, testes junto com vários laboratórios
nacionais e chegou-se ao uso eficiente dos óleos vegetais, (soja,
mamona, dendê e outros).
O
biodiesel começava a ficar disponível no Brasil. Mas quem se
interessaria pela produção em escala industrial? Muito embora a frota
diesel do país já fosse imensa, o governo só estimulava a produção do
álcool combustível. E o nosso biodiesel ficou sem chance, muito embora
estudos da própria EMBRATEL revelassem que seria uma alternativa mais
barata, renovável e pouco poluidora. Os anos se passaram. Agora fala-se
que a solução é o biodiesel, mas não vemos iniciativas de porte no
brasil que se coadune com as afirmativas colcocadas por aí.
Enquanto
isso, nos Estados Unidos, um ex-piloto de carga americano, por volta de
1993 juntou suas economias, hipotecou sua casa, utilizou os recursos do
fundo 401K, que poderiam garantir sua aposentadoria e aplicou em uma
refinaria de óleo de soja. Em 1994 ele comprou de agricultores de Iowa
uma partida de óleo de soja e deu início à sua produção de biodiesel,
com sua empresa Imperium Renewables (www.imperiumrenewables.com), em
Seatlle. Hoje a Imperium vende de 700 a 800 milhões de galões de
biodiesel por dia, para quatro distribuidores regionais de combustíveis e
não consegue atender à demanda. Ao final do próximo verão a Imperium
deve inaugurar uma nova planta produtora de biodiesel, ainda em Seatlle.
As
notícias, sem grandes novidades para aqueles que trabalhavam na
EMBRATEL na década de 70, dão conta de que o biodiesel pode ser obtido
de gordura animal e de qualquer óleo vegetal, incluindo o óleo de
cozinha. O biodiesel atua como lubrificante natural, é completamente
bio-degradável e queima de forma mais limpa do que o óleo diesel
convencional, reduzindo as emissões de monóxido de carbono em cerca de
50% e de dióxido de carbono -o principal agente que provoca o
aquecimento global - em cerca de 78%. De forma diferente do etanol, que
em elevadas concentrações trabalha somente em motores veiculares
especialmente desenvolvidos para tal uso, o biodiesel roda virtualmente
em qualquer motor projetado para funcionar com óleo diesel. De acordo
com a national Biodiesel Board (www.biodiesel,org), as vendas de
biodiesel nos EUA quintuplicaram nos ultimos 3 anos, chegando a um
volume de 200 milhões de galões em 2006. A expectativa dos analistas é
que por volta de 2020 as vendas alcancem 800 milhões de barris.
Fonte: http://www.lcdias.com.br/2007/03/combustveis-alternativos.html
Disponível em: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/combustiveis-alternativos.html
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