Atualmente
a questão da sustentabilidade está sendo mais enfatizada por causa das
poluições. Quem nunca viu um rio ou riacho poluído? Ou ainda não ouviu falar
dos buracos da camada de ozônio? , todos os tipos de poluição envolvem
processos químicos e por isso a Química Verde é tão importante. Mas primeiro
vamos entender o conceito de desenvolvimento sustentável (ou sustentabilidade):
“Desenvolvimento
sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias
necessidades.”
A Química
Verde surgiu a partir do Pollution Prevention Act dos Estados Unidos, em 1990,
e tornou-se um foco formal do EPA (Agência de Proteção Ambiental)
norte-americana em 1991. Paul Anastas e John Warner definiram Química Verde
como o projeto de produtos químicos e
processos que reduzem ou eliminam o uso e a geração de substâncias perigosas.
Além disso, a Química Verde busca:
- Reduzir resíduos (especialmente resíduos tóxicos)
- Reduzir o consumo de recursos e usar fontes renováveis de maneira ideal
- Reduzir o consumo de energia
Anastas e
Warner também formularam os 12 princípios
da Química Verde. Através destes, os químicos podem avaliar o impacto
ambiental de seus trabalhos.
Os
12 princípios da Química Verde
1.
É melhor prevenir a formação de resíduo do que tratar
ou remediar depois que ele for produzido.
2.
Devem ser planejados
métodos sintéticos para maximizar a
incorporação de todo o material usado no processo até o produto final.
3.
Sempre que for possível,
devem ser propostas metodologias sintéticas para usar e gerar substâncias que possuam poucas ou nenhuma
toxicidade para a saúde dos seres humanos e do ambiente.
4.
Os produtos químicos
devem ser projetados para preservar a
eficiência de sua função e, ao mesmo tempo, reduzir a toxicidade.
5.
O uso de substâncias auxiliares (solventes,
agentes de separação, etc.) deve ser
evitado sempre que possível e, se for utilizado, que seja inofensivo.
6.
As necessidades energéticas devem ser identificadas em relação aos
seus impactos econômicos e ambientais, e
devem ser minimizadas. Métodos sintéticos devem ser realizados à
temperatura e pressão ambientes.
7.
A matéria-prima deve ser renovável, em vez de esgotada,
toda vez que seja técnica e economicamente praticável.
8.
Derivatizações desnecessárias (grupos
de bloqueio, proteção/desproteção, modificações temporárias de processos
físicos/químicos) devem ser evitadas
sempre que possível.
9.
Reagentes catalisadores (o mais seletivo
possível) são melhores que os reagentes usados de forma estequiométrica.
10. Os produtos químicos devem
ser planejados de forma que, no final da sua função, eles não persistam no ambiente e que se decomponham em produtos de
degradação inócuos.
11. Metodologias analíticas precisam ser desenvolvidas para permitir o
monitoramento e o controle em tempo real
no processo, antes da formação de substâncias perigosas.
12. Substâncias e a forma de uma substância usada em um processo químico
devem ser escolhidas para minimizar o
potencial de acidentes químicos, incluindo vazamentos, explosões e
incêndios.
Para reconhecer exemplos de destaques da Química Verde, o prêmio Presidential Green Chemistry Challenge
foi estabelecido em 1996 pelo EPA. Geralmente, cinco prêmios são oferecidos a
cada ano em uma cerimônia apoiada pela National Academy of Sciences em
Washington, DC.
Como vimos a Química Verde é muito importante e se você quiser saber
mais sobre ela, vou deixar alguns sites super legais para vocês:
Material tirado do livro: Química Ambiental de Colin Baird e Michael
Cann, com tradução de Marco Tadeu Grassi.
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